sexta-feira, 4 de maio de 2012

40 dicas para melhorar os hábitos alimentares infantis

Dicas de alimentação infantil saudável



1 -  Misturar alimentos não é bater tudo junto em uma pasta sem cor nem gosto  definido. É importante deixar a criança entrar em contato com sabores variados  e aprender a diferenciá-los. Mesmo em uma sopa feita com vários legumes,  escolha a cada vez um que será predominante, na cor e no sabor: cenoura,  beterraba, mandioquinha etc.

2 – Nas sopas de legumes, o melhor é amassar os ingredientes com o garfo, sem  passar pelo liqüidificador ou pela peneira, para conservar as fibras dos  alimentos.

3 – Acrescente legumes cortados bem fino no omelete ou no recheio de panquecas.  Eles também podem entrar em croquetes, almôndegas e hambúrgueres feitos em  casa.

4 – Incremente a massa da panqueca com espinafre (bata no liquidificador 4  ovos, 500 ml de leite, 1 colher (sopa) de manteiga derretida e 1/3 de maço de  espinafre cozido, espremido e picado. Junte 200 g de farinha de trigo, bata até  ficar homogêneo e frite em frigideira antiaderente).

5 – Yakissoba, macarrão japonês feito com legumes e carnes, é um ótimo exemplo  de mistura saudável e completa que a maioria das crianças gosta de comer. Você  pode comprar pronto ou fazer uma versão em casa (use os legumes que tiver à  mão, massa longa e shoyu –não use sal).

6 – Inclua nas refeições comidas que a criança pode pegar com as mãos: cenoura  baby, tomate-cereja, espiga de milho, hortaliças cortadas em palito (erva-doce,  pepino).
Artes visuais

7 – Coloque os alimentos que compõem a refeição separadamente no prato ou em  cumbucas individuais. Eles devem ter cores e texturas diferentes. Deixe a  criança se servir sozinha e provar cada uma das diferentes porções.

8 – Não cozinhe demais os legumes. Quando estão crocantes, além de serem mais  interessantes visualmente, porque mantêm a forma e as cores ficam mais vivas,  eles são também muito mais saborosos.

9 – Para deixar a salada mais atraente, espalhe sobre as folhas croutons,  batata-palha, ovo cozido picado, kani desfiado ou pedaços de frutas amarelas e  vermelhas (para contrastar com o verde), como manga ou morango.

10 – Faça desenhos em cima do purê de batata. Nada complicado: pode ser um  círculo ou uma espiral com ervilhas frescas ou congeladas. Não use as enlatadas  –a questão não é apenas nutricional, é estética, porque as ervilhas de lata  são moles demais e sua cor não é tão bonita.

11 – Outra idéia é espetar flores de brócolis japonês cozidas al dente sobre o  purê. Fica mais gostoso quando é a própria criança quem faz a decoração de seu  prato.

12 – Cremes ou pastas de vegetais servidos sobre torradas, frutas e legumes no  espetinho também são maneiras simples de valorizar o visual da comida.

13 – Espante o tédio da mesa variando o preparo de cada alimento: um dia sirva  cru, outro em forma de bolinhos, ou refogado, cortado em rodelas, ralado etc.

14 – Brincar com a apresentação do prato não significa esconder algum tipo de  alimento. Chuchu é chuchu, tomate é tomate, mesmo que eles sejam, por exemplo,  apresentados em forma de flor.
Sem neuras.

15 – Comer é um processo instintivo. O organismo regula a quantidade de energia  que precisa por dia; se a criança não comer nada no almoço, por exemplo, ela  acabará compensando nas outras refeições. Portanto, respire fundo e espere  até seu filho ter fome.

16 – Nenhum alimento é insubstituível. Seu filho não come cenoura? Ofereça  abóbora, mamão ou outros vegetais amarelos e alaranjados, e as fontes de  vitamina A estão garantidas. E ele nem precisa comer desses alimentos todo dia,  porque o organismo estoca a vitamina A.

17 – A mesma idéia vale para qualquer grupo de nutrientes ou micronutrientes  (vitaminas e sais minerais). O ideal é equilibrar todos os grupos em uma  refeição, mas não se preocupe se seu filho passar mais de um dia sem comer  algum tipo de nutriente. Espere por até uma semana e é provável que ele busque  naturalmente alimentos que reponham sua necessidade.

18 – A partir dos 4 ou 5 anos, é normal a criança não querer tomar leite.  Geneticamente, algumas populações (como as de origem mediterrânea e africana)  têm mais dificuldade de digerir o leite (por causa da lactose), mas isso não  ocorre com iogurte, queijos etc. E estes últimos podem fornecer todo a cálcio e  a vitamina D que a criança precisa.

19 – Comida não é remédio. Qualquer pessoa pode passar a vida inteira sem tocar  um bife de fígado. As necessidades normais de ferro são supridas se a criança  comer proteína animal e frutas regularmente –as frutas fornecem vitaminas que  ajudam na absorção de ferro.
Sem chance

20 – Não sirva no jantar o mesmo cardápio do almoço. Se for reaproveitar os  pratos, reinvente as combinações.

21 – Não “ajude” a criança a finalizar o prato. Cada um come aquilo  que está no seu próprio prato, a quantidade que achar necessária.

22 – “Raspar” o prato não é uma coisa linda, obrigatória, nem  necessariamente desejável. Não obrigue seu filho a isso.

23 – Não faça ameaças de nenhum tipo, como dizer para seu filho que, se ele não  comer, ficará doente e terá de ir ao médico. Aliás, quando a criança está  doente mesmo, não a obrigue a comer. Mantenha a tranqüilidade e espere até ela  sentir fome (isso é um sinal de que ela está se recuperando).

24 – Premiar quem come tudo também não é uma boa prática. É comum os adultos  sugerirem que a criança deve comer os legumes, por exemplo, para poder ter a  sobremesa. Nenhuma parte da refeição é um prêmio, cada uma tem a sua função,  porção e lugar.

25 – O lanche também tem sua função, mas na dose, hora e lugar certo. Não  compense no lanche o pouco que seu filho comeu no almoço. O máximo que vai  acontecer é ele ficar com mais fome até a hora do jantar e, na melhor hipótese,  comerá bem.

26 – Crianças de 5 ou 6 anos estão na fase de estímulos primários. Elas são  atraídas por cores, formas, novidades. Nessa fase, os pais podem proporcionar  novas experiências gastronômicas para seus filhos, apresentando os diferentes  sabores dos alimentos.

27 – Na boca, somos capazes de sentir apenas quatro gostos: doce (na ponta da  língua), salgado e ácido (nas laterais) e amargo (no fundo da boca). A criança  que já mastiga pode e deve entrar em contato com todos esses tipos de gosto;  dessa forma, poderá reconhecê-los e formar um repertório de sabores (que é a  mistura das sensações gustativas com as olfativas). Quanto mais amplo for esse  repertório, maior a chance de seu filho comer (quase) tudo.

28 – A tolerância para o gosto amargo é determinada geneticamente. Por isso, não  tenha medo de oferecer à criança alimentos com um certo amargor, como rúcula,  por exemplo. Se ela tiver predisposição, maravilha; se não, também está ótimo,  não insista. O importante é ela conhecer o sabor, para descobrir se gosta ou  não daquilo.

29 – O ambiente da refeição deve ser tranqüilo, sem TV, música e muito menos  gritaria. Deixe as conversas sérias e broncas para depois. Todas as refeições  (lanches inclusive) devem ser feitas à mesa.

30 – Sempre que possível, faça pelo menos uma das refeições principais com seus  filhos. Se o horário de trabalho for muito complicado, tente estabelecer um dia  da semana para isso, como rotina.

31 – Comida de crianças a partir de dois anos é a mesma dos adultos –elas  seguem os hábitos alimentares da casa. Isso significa que, se os pais não comem  frutas ou verduras, os filhos seguirão o exemplo e forçá-los a comer salada  pode ser um trabalho inútil. Nesses casos, é preciso rever os hábitos de toda a  família.

32 – Leve as crianças para a cozinha. Quando elas mesmas preparam os alimentos,  certamente vão querer provar o que fizeram. É uma experiência lúdica,  prazerosa, como deve ser a relação com a comida.

33 – Ir à feira com as crianças é um jeito divertido de apresentá-las ao mundo  das frutas e verduras. E os feirantes têm técnicas infalíveis para fazer o  filho do freguês provar as frutas que querem vender.

34 – Fazer o supermercado com a família toda é um pouco mais complicado, mas  vale a pena. É uma boa ocasião para fazer acordos –para levar sorvete, é  preciso levar cenoura.
Vê se cola

35 – Sirva porções pequenas –até para dar oportunidade de a criança pedir  mais, se quiser, porque gostou ou porque ainda está com fome.

36 – Se o seu filho diz que não gosta de um alimento que não conhece, proponha  que ele prove um pedaço (tem de ser pequeno mesmo) e, se não gostar, não  precisa comer. Dê um tempo e ofereça pelo menos por mais cinco vezes, em  ocasiões e formas de preparo diferentes.

37 – Ofereça as comidas que as crianças gostam preparadas de forma mais  saudável. Por exemplo, troque a batata frita por batata cortada em cubinhos,  regada com um pouco de azeite e sal e assada no forno por cerca de 40 minutos.

38 – No lugar do doce com açúcar refinado, ofereça banana-passa –o açúcar da  fruta pode saciar a vontade irresistível de comer um doce.

39 – Em vez de macarrão na manteiga, experimente servir a massa regada com  azeite (ou, pelo menos, metade manteiga, metade azeite).

40 – Use pão integral em forma de bisnaguinha (à venda em supermercados e  algumas padarias) para fazer o lanche da escola. No recheio, coloque o tipo de queijo preferido pela criança e alface picada temperada com azeite.